O papel da aceleração, velocidade máxima e resistência de velocidade no desempenho de sprint
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v67.115116Palavras-chave:
Sprint performance, acceleration, maximum velocity, speed endurance, biomechanics, sprint training, track and fieldResumo
Introdução: O desempenho do sprint é regido pela interação entre aceleração, velocidade máxima e resistência de velocidade. Embora esses componentes tenham sido estudados independentemente, sua influência combinada no desempenho de 100 m e 400 m ainda é pouco explorada. Uma compreensão completa de sua interdependência é essencial para refinar estratégias de treinamento baseadas em evidências.
Objetivo: Este estudo investiga as contribuições relativas da aceleração, velocidade máxima e resistência de velocidade para o desempenho de sprint em atletas de elite e sub-elite, com o objetivo de informar intervenções de treinamento otimizadas para sprints de curta e longa distância.
Metodologia: Trinta velocistas competitivos participaram de uma intervenção de treinamento longitudinal de 12 semanas. As avaliações biomecânicas incluíram sistemas de captura de movimento de alta velocidade e cronometragem a laser para avaliar o tempo de aceleração, a velocidade máxima e a resistência da velocidade (avaliada pela desaceleração repetida do sprint). Análises de correlação de Pearson e regressão múltipla foram usadas para identificar associações entre essas variáveis e os resultados do sprint.
Resultados: A aceleração foi fortemente associada ao desempenho de 100 m (r = -0,84, p < 0,001), enquanto a velocidade máxima contribuiu significativamente para o desempenho em ambas as distâncias de sprint. Nas provas de 400 m, a resistência à velocidade tornou-se o principal determinante do desempenho (r = -0,79, p < 0,001). Atletas que demonstraram desenvolvimento equilibrado em todos os três componentes alcançaram as melhorias de desempenho mais significativas.
Discussão: As descobertas são consistentes com pesquisas biomecânicas e fisiológicas anteriores sobre corrida de velocidade, mas ressaltam a necessidade de abordagens de treinamento integradas que abordem simultaneamente todos os domínios de desempenho.
Conclusão: Aceleração e velocidade máxima são determinantes essenciais para o sucesso nos 100 m, enquanto a resistência à velocidade é crucial para o desempenho nos 400 m. Esses resultados destacam a importância de estruturas de treinamento individualizadas e multidimensionais. Pesquisas futuras devem examinar adaptações neuromusculares de longo prazo e estratégias periodizadas para otimizar o desempenho de sprint.
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