Lesões no boxe em Portugal: análise da incidência, mecanismos, factores de risco e medidas de prevenção de lesões
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v67.112466Palavras-chave:
Boxe, Lesões Desportivas, Lutas, SparringResumo
Introdução: A modalidade do boxe está associada a uma elevada taxa de lesões e traumatismos cranianos graves, onde a cabeça, os ombros, os punhos e as mãos são as regiões do corpo mais afetadas.
Objetivos: este estudo teve como objetivos quantificar a incidência de lesões relacionadas com a prática de boxe e a identificação de padrões de lesões e fatores de risco. Além disso, foi analisada a eficácia de medidas preventivas de lesões e as adaptações comportamentais após lesão.
Metodologia: Foi utilizado um questionário para a recolha dos dados dividido em três partes: dados pessoais, experiência de treino e exposição e lesões.
Resultados: 583 questionários foram analisados. Os resultados mostraram que 76% dos indivíduos eram do sexo masculino, e 70,5% nunca competiram. O sparring foi a técnica que levou a 34,3% das lesões, e a inflamação foi a lesão mais comum (28,1%).
Discussão: A literatura demonstra que a incidência de lesão diminuiu no boxe amador nos últimos anos, mantendo-se no profissional. A incidência de lesão é superior no boxe profissional e o sparring é a técnica que leva a um maior número de lesões. Os alongamentos parecem ser o comportamento preventivo mais comum após lesão.
Conclusões: Este estudo permite demonstrar que a altura, a frequência de competição, o nível de competição e o treino de força são os fatores mais associadas ao número de lesões nos praticantes de boxe.
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