Estereótipos sociais sobre o envelhecimento entre estudantes universitários de ciências do desporto. Um estudo piloto
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v70.114424Palavras-chave:
Discriminação, educação, integração, idosos, desportoResumo
Introdução: O envelhecimento é um processo natural nos seres vivos, que pode ser observado sob diferentes perspetivas, sendo que estas perceções podem influenciar a forma como a sociedade trata os idosos. As pesquisas realizadas junto de estudantes universitários sobre as suas perceções e estereótipos em relação à velhice são escassas e recentes.
Objectivo: Compreender as atitudes e os estereótipos que os estudantes de Ciências do Desporto têm em relação à velhice e analisar como o perfil de envelhecimento pode influenciar estes estereótipos.
Metodologia: Estudo quase experimental com uma amostra de 55 estudantes de licenciatura em Ciências do Desporto, aos quais foi aplicado um questionário para avaliar estereótipos negativos em relação à velhice.
Resultados: Os resultados mostram que os estudantes apresentam atitudes idadistas, embora existam diferenças com base no curso (p > 0,05) e no género (p > 0,05). As suas atitudes, opiniões e perceções em relação à velhice variam de acordo com o perfil e o estado de saúde dos idosos (Saúde, p = 0,003 vs. 0,064; Motivação social, p = 0,144 vs. 0,004; Personalidade/Caráter, p = 0,688 vs. p = 0,004).
Discussão: O idadismo e o preconceito são inerentes a diferentes culturas, sociedades e épocas. Vários estudos referem que as características sociodemográficas influenciam as atitudes dos indivíduos em relação aos idosos.
Conclusões: Os estudantes de ciências do desporto apresentam atitudes idadistas, embora existam diferenças consoante o curso e o género analisados. O perfil e o estado de saúde dos idosos influenciam a manifestação do idadismo.
Referências
Abrams, D., Russell, PS., Vauclair, CM. & Swift, H. (2011) Ageism in Europe: Findings from the Euro-pean Social Survey. London, Age UK.
Alves, N., Matos de Souza, M., dos Santos Neto, AP., Viggiano Laurenti, A., Gonçalves de Oliveira, SF. & Silva Fhon, JR. (2024) Actitudes sobre edadismo en estudiantes de enfermería de una universi-dad pública de Brasil. Gerokomos, 35(3), 153-158. https://doi.org/S1134-928X2024000300004.
Ayalon, L. & Tesch-Römer, C. (2018) Contemporary perspectives on ageism. Springer Nature.
Blanca Mena, MJ., Sánchez Palacios, C. & Trianes, M. (2005). Cuestionario de evaluación de estereoti-pos negativos hacia la vejez. Rev multidiscip gerontol, 15(4), 212-220. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=1390413
Fernández-Ballesteros, R. (2005) Promoción del envejecimiento activo: Efectos del programa “Vivir con vitalidad”. Rev Esp Geriatr Gerontol, 40(2), 92-103. https://doi.org/10.1016/S0211-139X(05)74834-4
Fraboni, M., Saltstone, R. & Hughes, S. (1990) The Fraboni Scale of Ageism (FSA): an attempt at a more precise measure of ageism. Can J Aging, 9(1), 56–66. https://doi.org/10.1017/S0714980800016093
Gekoski, WL. & Knox, VJ. (1990) Ageism or healthism? Perceptions based on age and health status. J Aging Health, 2(1):15–27. https://doi.org/10.1177%2F089826439000200102
Gherman, MA., Arhiri, L. & Holman, AC, (2022) Ageism, moral sensitivity and nursing students' inten-tions to work with older people–A cross-sectional study. Nurse Education Today, 113, 105372. https://doi.org/10.1016/j.nedt.2022.105372
Ilișanu, G. & Andrei, V. (2018) Age stereotypes and ageism at the workplace-# ageisjustanum-ber. Journal of Comparative Research in Anthropology & Sociology, 9(2), 23-33. http://compaso.eu/wpd/wp-content/uploads/2019/08/Compaso2018-92-Ilisanu-and-Andrei.pdf
James, JW. & Haley, WE. (1995) Age and health bias in practicing clinical psychologists. Psychol Aging, 10(4), 610–616. https://doi.org/10.1037//0882-7974.10.4.610
Kalaycı, I., Özbek-Yazıcı, S., Özkul, M. & Helvacı, G. (2018) Attitudes of medical staff and students to-wards the elderly: systematic review. J Adnan Menderes Univ Health Sci Faculty, 2 (1), 21-30. https://journals.indexcopernicus.com/search/article?articleId=2708030
Kite, ME., Stockdale, GD,, Whitley, BE, & Johnson,, BT. (2005) Attitudes toward younger and older adults: an updated meta-analytic review. J Soc Issues, 61(2), 241–66. https://doi.org/10.1111/j.1540-4560.2005.00404.x
Kroon, AC., Van Selm, M., ter Hoeven, CL. & Vliegenthart, R. (2018) Reliable and unproductive? Stereo-types of older employees in corporate and news media. Ageing & Society, 38(1), 166-191. https://doi.org/10.1017/S0144686X16000982
Marques, S., Mariano, J., Mendonca, J., De Tavernier, W., Hess, M. & Naegele, L. (2020) Determinants of ageism against older adults: a systematic review. Int J Environ Res Public Health, 17(7), 2560. https://doi.org/10.3390/ijerph17072560
Martínez Heredia, N., Santaella Rodríguez, E., & Rodríguez-García, A.-M. (2021). Beneficios de la acti-vidad física para la promoción de un envejecimiento activo en personas mayores. Revisión bi-bliográfica (Benefits of physical activity for the promotion of active aging in elderly. Biblio-graphic review). Retos, 39, 829–834. https://doi.org/10.47197/retos.v0i39.74537
Nelson, TD. (2005) Edadismo: prejuicio contra nuestro yo futuro temido. Journal of Social Issues, 61(2), 207–221. https://doi.org/10.1111/j.1540-4560.2005.00402.x
Officer, A., Schneiders, ML., Wu, D., Nash, P., Thiyagarajan, JA. & Beard, JR. (2016) Valuing older peo-ple: time for a global campaign to combat ageism. Bull World Health Organ, 1, 94(10), 710-710A. https://doi.org/10.2471/BLT.16.184960
Olshansky, SJ., Willcox, BJ., Demetrius, L. & Beltrán-Sánchez, H. (2024). Implausibility of radical life extension in humans in the twenty-first century. Nature Aging, 4(11), 1635-1642. https://doi.org/10.1038/s43587-024-00702-3
Posthuma, RA. & Campion, MA. (2009) Age stereotypes in the workplace: Common stereotypes, mode-rators, and future research directions. Journal of Management, 35(1), 158-188. https://doi.org/10.1177/0149206308318617
Rababa, M., Al-Dwaikat, T. & Almomani, MH. (2021) Assessing knowledge and ageist attitudes and behaviors toward older adults among undergraduate nursing students. Gerontol Geriatr Educ, 42, 347-62. https://doi.org/10.1080/02701960.2020.1827398
Ramalho, A., Petrica, J., Serrano, J., Paulo, R., Duarte-Mendes, P., & Rosado, A. (2021). Consecuencias del comportamiento sedentario en el bienestar psicosocial: un estudio cualitativo con personas mayores que viven en Portugal (Consequences of sedentary behavior on psychosocial well-being: a qualitative study with older adults living in Port. Retos, 42, 198–210. https://doi.org/10.47197/retos.v42i0.86299
Rupp, DE., Vodanovich, SJ. & Crede, M. (2006) Age bias in the workplace: the impact of ageism and causal attributions. J Appl Soc Psychol, 36(6), 1337–64. https://doi.org/10.1111/j.0021-9029.2006.00062.x
Toygar, I. & Kardakovan, A. (2020) Factors affecting the attitudes of nursing toward ageism. Nurs Pract Today, 7, 38-44. https://doi.org/10.18502/npt.v7i1.2298
Van Dijk, T. (2003). La multidisciplinariedad del análisis crítico del discurso: un alegato a favor de la diversidad. Métodos de análisis crítico del discurso. 143-177. Barcelona, Gedisa.
World Health Organization [WHO] (2015). World Report on Ageing and Health. Ginebra: WHO. In: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/186466/1/9789240694873_spa.pdf
World Health Organization [WHO] (2021). World Report on Ageing. https://www.who.int/es/news-room/questions-and-answers/item/ageing-ageism
World Health Organization [WHO](2002). Envejecimiento activo: un marco político. Rev Esp Geriatr Gerontol, 37 (S2), 74-105. http://envejecimiento.csic.es/documentos/documentos/oms-envejecimiento-01.pdf
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Jose Mª Cancela Carral, Angel Casal-Moldes, Elena Vila-Suarez

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess