Serviços de emergência em locais esportivos no Rio de Janeiro: intervenção da gestão esportiva, atividade e turismo
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v60.108006Palavras-chave:
atendimento de emergência, práticas esportivas, lesão, corpo de bombeirosResumo
Os serviços de emergência em ambientes esportivos são fundamentais para garantir a segurança dos seus praticantes, apesar do Rio de Janeiro possuir um grande e variado número de espaços para prática esportiva, pouco se sabe como ocorre a dinâmica de atendimentos nesses locais. O objetivo geral deste estudo foi analisar os dados de atendimento em ambientes de prática esportiva realizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). Em segundo lugar, comparar os fatores associados ao atendimento de emergência em locais de prática esportiva e verificar os locais de lesões mais comuns, inferir as causas desses acidentes e observar a frequência de mortes durante a prática esportiva. Para este estudo, foram utilizados 615 dados do primeiro grupo de resgate de emergência (1GSE) do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, separados em Norte (n = 215), Sul (n = 145), Oeste (n = 214) e Centro (n = 30). As variáveis dependentes foram: sexo, tipos de desfechos, tipos de atendimento, tipos de transporte, imobilização, caracterização do atendimento, estratégia de atendimento, detalhes da morte, ocorrências de emergência e distribuições de lesões por região. As zonas foram comparadas pelo teste de Kruskal-Wallis e Dunn's post hoc, p≤0.05. A análise estatística mostrou uma diferença entre as zonas quando comparadas ao desfecho, com a zona norte apresentando valores mais altos (~ 75%) em vítimas tratadas e removidas do que a zona oeste (60%). Houve diferença entre as zonas quando comparadas ao tipo de atendimento, onde a zona norte apresentou valores mais altos (~ 35%) de atendimento intermediário do que a zona oeste (~ 20%), sul (~ 25%) e central (%). O tipo de transporte utilizado foi diferente entre as zonas, e a zona sul apresentou valores mais altos de carro rápido (ASE L) do que a zona norte e região central. A análise também mostra uma diferença entre as zonas quando comparadas à condição de imobilização, a zona central apresentou uma menor frequência (~ 20%) de imobilização, ou seja, maior "outros" do que a norte (~ 40%), oeste (%) e sul (~ 50%).
Palavras-chave: Atendimento de emergência; práticas esportivas; lesão; Corpo de Bombeiros.
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