Práticas de treino de homens e mulheres para lançadores de atletismo: do nível de desenvolvimento ao nível de classe mundial
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v66.110399Palavras-chave:
atletismo, desempenho atlético, condicionamento físico humano, pessoas com deficiência, esportes para pessoas com deficiência, esportes adaptados, para-atletasResumo
Introdução: A melhor compreensão das práticas de treino dos lançadores de paraatletismo (LPA) anda de mãos dadas com o desenvolvimento e otimização de programas de treino capazes de produzir o máximo rendimento nos diferentes níveis competitivos.
Objectivo: Investigar as práticas formativas da APL.
Metodologia: O LPA masculino (n=42) e feminino (n=18) responderam a um questionário sobre características descritivas (e.g., idade, altura, peso, evento de lançamento) e práticas de treino (e.g., experiência, duração, frequência, preparação física). Os APL foram classificados em níveis: classe mundial, internacional, nacional ou de desenvolvimento. Posteriormente, foram reclassificados (para aumentar o poder estatístico com o teste U de Mann-Whitney) em globais/internacionais ou nacionais/desenvolvimento.
Resultados: A maioria dos homens (92,86%) e todas as mulheres realizaram preparação física no ginásio, não havendo diferenças na frequência de treino entre os sexos (p=0,221). Os atletas de elite tiveram mais experiência em comparação com os restantes níveis (p<0,001). Não se verificaram diferenças na frequência (p=0,400) ou na duração (p=0,502) no treino de lançamento. Os homens realizaram treinos mais longos do que as mulheres (p=0,001), embora a frequência tenha sido semelhante entre ambos (p=0,075).
Conclusões: Embora os atletas de elite tivessem mais experiência do que os atletas de nível inferior, não se verificaram diferenças na frequência ou duração do treino. Os homens treinaram mais do que as mulheres, não havendo diferença na frequência de treino. A maioria das características de treino, incluindo a preparação física e o lançamento, foram semelhantes entre os sexos e os níveis. Estes resultados realçam a importância de programas de treino individualizados para maximizar o desempenho do LPA.
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