Impacto das estratégias de coping e do ambiente de grupo no desempenho de atletas amadores em competição de voleibol
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v61.109044Palavras-chave:
Amador; Voleibol; Enfrentamento; Grupo.Resumo
Este estudo objetivou investigar as estratégias de coping, o ambiente de grupo com o desempenho esportivo de atletas amadores de voleibol. Participaram do estudo 208 atletas participantes da Liga Amadora de Voleibol de Maringá, divididos em dois grupos medalhistas e não-medalhistas. Foram utilizados os Questionário de Ambiente de Grupo e o Inventário Atlético de Estratégias de coping. Para comparação foi utilizado o teste “t” e para o impacto das variáveis no desempenho foi usada a análise multivariada por regressão logística binária. Os resultados apontaram que atletas medalhistas utilizam as seguintes estratégias de coping com maior impacto sobre o resultado esportivo: “rendimento sobre pressão, confronto com adversidade e concentração”. Na coesão de grupo os medalhistas tem atração para a tarefa, os não-medalhistas têm atração para o grupo social. Conclui-se que os atletas amadores de voleibol com melhor desempenho utilizam estratégias de coping com foco no render ao máximo mesmo sob pressão, enfrentar a adversidade, diminuir de pressão pelo resultado e direcionar a equipe para a realização das tarefas durante os jogos.
Palavras-chave: Amador; Voleibol; Enfrentamento; Grupo.
Referências
Carron, A. V., Widmeyer, N., & Brawley, L. (1985). The development of an instrument to assess cohesion in sport teams: The group environment questionnaire. Journal of Sport Psychology, 7, 244-266
Carron, A. V., Brawley, L. R., & Widmeyer, W. N. (1998). The Measurement of Cohesiveness in Sport Groups. In J. Duda (Ed.), Advances in Sport and Exercises Psychology Measurement (pp. 213-226): Fitness Information Technology.
Carron, A. V., Bray, S. R., & Eys, M. A. (2002). Team cohesion and team success in sport. Journal of sports sciences, 20(2), 119–126. doi.org/10.1080/026404102317200828
Cartwright, D. (1975). Dinâmica de grupo: pesquisa e teoria. EPU/EDUSP.
Costa, E. S., & Leal, I. P. (2006). Estratégias de coping em estudantes do Ensino Superior. Análise Psicológica, 24(2), 189-199. doi.org/10.14417/ap.163
Colognesi, J.G.E. (2019). Desempenho de atletas recebendo pressão externa. Repositório Institucional UNESP.
Coimbra, D.R. (2011). Validação do Questionário. Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF Faculdade de Educação Física e Desportos-FAEFID Programa de Pós Graduação em Educação Física. Dissertação de Mestrado, pp. 1-114.
Coimbra, D.R., Bara Filho, M., Andrade, A., & Miranda R. (2013). Habilidades psicológicas de coping em atletas brasi-leiros. Motricidade, 9(1), 95-106. doi:10.6063/motricidade.9(1).2467
Fletcher D, Sarkar M. A grounded theory of psychological resilience in Olympic champions. Psychology of Sport and Exer-cise 2012; 13: 669-678. Doi: 10.1016/j.psychsport.2012.04.007
Galli, N., & Vealey, R. S. (2008). "Bouncing back" from adversity: Athletes' experiences of resilience. The Sport Psycholo-gist, 22(3), 316–335. Doi: 10.1123/tsp.22.3.316
Gill, D.L. (1986). Dinâmica psicológica do esporte. Editores de cinética humana.
Gu, S., & Xue, L. (2022). Relationships among sports group cohesion, psychological collectivism, mental toughness and athlete engagement in Chinese team sports athletes. International journal of environmental research and public health, 19(9), 4987. https://doi.org/10.3390/ijerph19094987
Hernandez, J. A. E., & Moraes Gomes, M. (2002). Coesão grupal, ansiedade pré-competitiva e o resultado dos jogos em equipes de futsal. Revista brasileira de ciências do esporte, 24(1).
Kerdijk, C., van der Kamp, J., & Polman, R. (2016). The Influence of the Social Environment Context in Stress and Coping in Sport. Frontiers in psychology, 7, 875. Doi: 10.3389/fpsyg.2016.00875
Kiss, M.A.P.D.M., & Böhme, M.T.S. (1999). Laboratório de desempenho esportivo LADESP. Revista Paulista de Educa-ção Física, 13, 62-68.
Kozhan, A., Yerkinbekova, M., Omarova, S., Turniyazova, Z., & Davletova, A. (2024). Desarrollo de la resistencia al estrés (en un ejemplo de entrenamiento de atletas). Retos, 51, 211–218. https://doi.org/10.47197/retos.v51.100302
Lazarus, R.S., & Folkman, S. (1980). Uma análise de enfrentamento em uma amostra comunitária de meia-idade. Jornal de saúde e comportamento social, 219-239.
Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Estresse, apreciação e coroamento. Editora Springer.
Lazarus, R. S., DeLongis, A., Folkman, S., & Gruen, R. (1985). Stress and adaptational outcomes: The problem of con-founded measures. American Psychologist, 40(7),770-779. doi: 10.1037/0003-066X.40.7.770
Lazarus, R.S., & Folkman, S. (1987). Teoria transacional e pesquisa sobre emoções e enfrentamento. Jornal Europeu de Personalidade, 1 (3), 141-169. doi.org/10.1002/per.2410010304
Litwic-Kaminska K. (2020). Types of Cognitive Appraisal and Undertaken Coping Strategies during Sport Competitions. International journal of environmental research and public health, 17(18), 6522. https://doi.org/10.3390/ijerph17186522
López-Gajardo, M. Ángel, Flores-Cidoncha, A., Rubio-Morales, A., Díaz-García, J., & González-Ponce, I. (2022). Fac-tores que determinan la consecución del rendimiento en el fútbol de élite: Orientación cualitativa con jugadores y ju-gadoras profesionales. Retos, 46, 789–800. https://doi.org/10.47197/retos.v46.92961
Lowther, J., & Lane, A. (2002). Relationships between mood, cohesion and satisfaction with performance among soccer players. Athletic Insight: The Online Journal of Sport Psychology, 4(3)
Luthar, S. S., Cicchetti, D. & Becker, B. (2000). The Construct of Resilience: a critical evaluation and guidelines for future work. Child Development, 71(3), 543–562. DOI: 10.1111/1467-8624.00164.
Martens, R., & Peterson, J.A. (1971). A coesão do grupo como determinante do sucesso e da satisfação dos membros no desempenho da equipe. Revisão internacional de sociologia do esporte, 6(1), 49-61.
Meyers M, Stewarts C, Laurent M, Leunes A, Bourgeois A. (2008). Coping skills of olympic developmental soccer ath-letes. International Journal of Sports Medicine, 29(12): 987-93. DOI: 10.1055/s-2008-1038679
Morão, K.G., Verzani, R.H., Bagni, G., Rebustini, F., & Machado, A.A. (2019). Estudo exploratório da Coesão em atletas juniores de futebol. Educación Física y Ciência, 21(2), 82-82. doi.org/10.24215/23142561e082
Nascimento Junior, J.R.A.D. (2011). Estudo da validação do Questionário de Ambiente de Grupo e sua relação com a liderança no contexto esportivo competitivo (Master’s thesis, Universidade Estadual de Maringá).
Nascimento Junior, J.R.A.D., Vieira, L.F., Souza, E.A.D., & Vieira, J.L.L. (2011). Nível de satisfação do atleta e coesão de grupo em equipes de futsal adulto. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 13, 138-144. Doi: 10.5007/1980-0037.2011v13n2p138
Nascimento Junior, J.R.A.D., Vieira, L.F., Rosado, A.F.B., & Serpa, S. (2012). Validação do Questionário de Ambiente de Grupo (GEQ) para a língua portuguesa. Motriz: Revista de Educação Física, 18, 770-782.
Nascimento Junior, J.R.A., & Vieira, L.F. (2012). Liderança do técnico e coesão de grupo: um estudo com equipes profissionais de futsal. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 20(2), 84-90.
Nascimento Junior, J.R.A., Balbim, G.M., & Vieira, L.F. (2013). Coesão de grupo em equipes adultas de voleibol do estado do Paraná. Psicologia: teoria e prática, 15(1), 105-115.
Paes, M.J., Amaral Machado, T., Berbetz, S.R., & Stefanello, J.M.F. (2016). Frequência, intensidade e direção da ansie-dade e sua relação com a coesão grupal em uma equipe de voleibol infanto-juvenil masculina. Revista Brasileira de Psico-logia do Esporte, 6(3). Doi:10.31501/rbpe.v6i3.7276
Prapavessis, H., & Carron, A.V. (1996). O papel do sacrifício na dinâmica das equipas desportivas. Dinâmica de Grupo, 1, 231-240.
Richardson, G. E., Neiger, B. L., Jensen, S., & Kumpfer, K. L. (1990). The Resiliency Model. Health Education, 21(6), 33–39. Doi: 10.1080/00970050.1990.10614589
Ramzaninezhad, R., & Keshtan, M.H. (2009). The relationship between coach's leadership styles and team cohesion in iran football clubs professional league. Revista Brasileira de Motricidade, 3(2), 111-120.
Rose, S., Burton, D., Kercher, V., Grindley, E., & Richardson, C. (2023). Enduring stress: A quantitative analysis on coping profiles and sport well-being in amateur endurance athletes. Psychology of sport and exercise, 65, 102365. https://doi.org/10.1016/j.psychsport.2022.102365
Rossi, M.R., Vitorino, L.M., Salles, R.P., & Cortez, P.J.O. (2016). Estratégias de coping em atletas de futebol feminino: Estudo comparativo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 22, 282-286. doi.org/10.1590/1517-869220162204160572
Secades, X. G., Molinero, O., Salguero, A., Barquín, R. R., de la Vega, R., & Márquez, S. (2016). Relationship Between Resilience and Coping Strategies in Competitive Sport. Perceptual and motor skills, 122(1), 336–349. doi.org/10.1177/0031512516631056
Smith, R. E., Schutz, R. W., Smoll, F. L., & Ptacek, J. T. (1995). Development and Validation of a Multidimensional Measure of Sport-Specific Psychological Skills: The Athletic Coping Skills Inventory-28. Journal of Sport and Exercise Psychology, 17, 379-398
Tertuliano, I.W., Alvarenga, D. V., Xavier, G.H., Oliveira, V.D., & Machado, A.A. (2019). Coesão de grupo em cate-gorias de base do futebol. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília, 27(2), 37-47. doi.org/10.31501/rbcm.v27i2.9319
Vieira, L.F., Caruso, N.M., Aizawa, P.V.S., & Rigoni, P.A.G. (2013). Análise da síndrome de “burnout” e das estratégias de “coping” em atletas brasileiros de vôlei de praia. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 27, 269-276. doi.org/10.1590/S1807-55092013005000012
Widmeyer, W., Brawley, L. R., & Carron, A. V. (1990). The Effects of Group Size in Sport. Journal of Sport and Exercise Psychology, 12, 177-190. doi.org/10.1123/jsep.12.2.177
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Retos

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess