Treino de força e condicionamento funcional: analisando as perceções dos praticantes
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v67.111201Palavras-chave:
Atleta, condicionamento funcional, motivação, treino de força, recreaçãoResumo
Introdução: Atualmente, tanto os participantes recreativos como os atletas devem manter níveis de aptidão física que lhes permitam suportar as exigências físicas específicas das suas atividades por períodos mais longos. Ao mesmo tempo, devem ser capazes de realizar movimentos técnicos de alto nível durante diversas atividades desportivas, cuidadosamente planeadas para melhorar a condição física, o bem-estar e a qualidade de vida.
Objectivo: Este estudo tem como objectivo analisar a percepção dos participantes relativamente às motivações que os levam a participar ou a evitar treinos de força e condicionamento funcional.
Metodologia: O grupo de estudo foi constituído por 189 participantes de instalações de treino de força e/ou condicionamento funcional (ginásios ou “boxes”), distribuídos por três concelhos do distrito de Viseu. Os inquéritos QMAD e IMAAD foram adaptados para o contexto desta aplicação, acrescentando informação às quatro dimensões do Inventário de Motivação para o Exercício (EMI). As análises descritivas e inferenciais dos dados foram realizadas através do software SPSS versão 29.
Resultados: As motivações que impulsionam ou limitam a prática resultam de uma interação complexa entre fatores pessoais, sociais e ambientais. Compreender as motivações ou barreiras associadas à prática é essencial para desenvolver estratégias que promovam a adesão e a continuidade, criando ambientes de aprendizagem mais estimulantes e adaptando melhor as metodologias de formação às preferências e necessidades dos participantes.
Conclusões: O treino funcional é uma abordagem fundamental para melhorar o desempenho físico em comparação com os métodos tradicionais, uma vez que confirma um aumento substancial dos índices de capacidade física.
Referências
American College of Sports Medicine (2011). Quantity and quality of exercise for developing and main-taining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: Guidance for prescribing exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise, 43(7), 1334–1359. https://doi.org/10.1249/MSS.0 b013e318213fefb.
Andreu, J. (2018). Autoestima y Lesiones Deportivas en Jóvenes. Journal of Sports Training, 32(2), 11-17.
Ayar, H. (2018). Effects of motivation in participating to Crossfit centers with the purpose of recreative exercise. European Journal of Physical Education and Sport Science, 4(1), 72-79. http://dx.doi.org/10.46827/ejpe.v0i0.1376.
Box, A., Feito, Y., Matson, A., Heinrich, K., & Petruzzello, S. (2019). Is age just a number? Differences in exercise participatory motives across adult cohorts and the relationships with exercise behav-iour. International Journal of Sport and Exercise Psychology, 19(1), 61-73. https://doi.org/10.1080/1612197X.2019.1611903.
Bycura, D., Feito, Y., & Prather, C. (2017). Motivational Factors in CrossFit® Training Participation. Health Behavior and Policy Review, 4(6), 539-550. https://doi.org/10. 14485/HBPR.4.6.4.
Canadian Society for Exercise Physiology - CSEP (2019). Canadian Physical Activity Guidelines for Adults 18-64 years. https://www.csep.ca/view.asp?ccid=580.
Carvalho, O., Silva, B., Neto, V., Winchester, J., Neto, S., Silva, A., Oliveira, A., Feitosa, F. Novaes, J., & Mon-teiro, E. (2023). Musculoskeletal Injury Prevalence, Pain Perception, and Physical Activity Lev-el Among Brazilian Strength and Cross-Training Practitioners. Perceptual and Motor Skills, 130(5), 2106–2122. doi: 10.1177/00315125231182725.
Castro, A. (2020). La actividad física y su incidencia en la autoestima, la depresión y la ansiedad en de-portistas de la institución educativa liceo nacional de Ibagué [Tesis de Máster no publicada]. Fa-cultad de Ciencias de la Educación de la Universidad del Tolima.
Chang, E., Najarian, A., Chang, O., Hill, G., & Lee, J. (2017). Athletic competence as a central facet of sport orientation among collegiate athletes. Journal of Sport Behavior, 40(3), 269-277.
Cracană, G. & Virgil, T. (2023). Cross-training as a modern physical training method used in the military field. RISR, 1(29), 132-143.
Coyne, P., & Woodruff, S. (2020). Examining the influence of CrossFit participation on body image, self-esteem, and eating behaviours among women. Journal of Physical Education and Sport, 20(3), 1314-1325. DOI:10.7752/jpes.2020.03183.
Davies, M., Coleman, L., & Babkes Stellino, M. (2016). The relationship between basic psychological need satisfaction, behavioral regulation, and participation in CrossFit. Journal of Sport Behavior, 39(3), 239-254.
Deci, E., & Ryan, R. (2012). Motivation, Personality, and Development within Embedded Social Con-texts: An Overview of Self-Determination Theory. In R. Ryan (Ed.), The Oxford Handbook of Human Motivation. Oxford (pp. 84-108). Oxford University Press. doi:10.1093/oxfordhb/978019 5399820.013.0006.
Duarte, A. (2016). Motivação para a prática e não prática no desporto escolar no agrupamento de esco-las Pêro da Covilhã [Dissertação de Mestrado não publicada]. Universidade da Beira Interior, Covilhã.
Eather, N., Morgan, P., & Lubans, D. (2015). Improving healthrelated fitness in adolescents: the CrossFit Teens™ randomised controlled trial. Journal of Sports Sciences, 34(3), 209-223. doi: 10.1080/0264041 4.2015.1045925.
Elias, N., & Dunning, E. (2021). Deporte y ocio en el proceso de la civilización. Fondo de Cultura Eco-nómica.
Ewald, P. K., & Caregnato, C. (2023). A motivação de crianças e de adolescentes para o aprendizado mu-sical: Uma revisão sistemática de literatura sobre as teorias da autodeterminação e da expecta-tiva-valor. Orfeu, 8(2), 02-21. https://doi.org/10.5965/ 2525530408022023e0207.
Feito, Y., Brown, C., Box, A., Heinrich, K., & Petruzzello, S. (2018). An investigation into how motivation-al factors differed among individuals engaging in CrossFit training. SAGE Open, 8(3), 2158244018803139. https://doi.org/10.1177/21582440188 03139.
Fernandes, H., Lázaro, J., & Vasconcelos-Raposo, J. (2005). Razões para a não prática desportiva em adultos: Estudo comparativo entre a realidade rural e urbana. Motricidade, 1(2), 106-114.
Fisher, J., Sales, A., Carlson, L., & Steele, J. (2016). A comparison of the motivational factors between CrossFit participants and other resistance exercise modalities: a pilot study. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 57(9), 1227-1234. doi: 10.23736/S0022-4707.16.06434-3.
Franco, E., Coterón, J., & Gómez, V. (2017). Promoción de la actividad física en adolescentes: rol de la motivación y autoestima. Revista Latinoamericana de Ciencia Psicológica, 9(2), 1-15. doi: 10.5872/psiencia/9.2.24.
González, M. (2021). Grado de autocompasión en deportistas de alto rendimiento lesionados. MLS Sport Research, 1(2), 1-12. https://doi.org/10.54716/mlssr.v1i2.645.
Januário, N., Colaço, C., Rosado, A., Ferreira, V., & Gil, R. (2012). Students Motivations for Sport In-volvement: The effect of Age, Gender and School Level. Motricidade, 8(4), 38-51.
Kolomiitseva, O., Prykhodko, I., Prikhodko, A., Anatskyi, R.,Turchynov, A., Fishev, S., Hunbina, S., & Garkavyi, O. (2020). Efficiency of Physical Education of University Students Based on the Moti-vation Choice of the CrossFit Program. Physical Activity Review, 8(1), 26-38. doi: 10.16926/ par.2020.08.04.
Köteles, F., Kollsete, M., & Kollsete, H. (2016). Psychological concomitants of CrossFit training: does more exercise really make your everyday psychological functioning better? Kinesiology, 48(1), 39-48. UDC: 159.9:796.015.15.
Liebenson, C. (2014). Functional training handbook. Wolters Kluwer.
Lizarazo, L., Valdivieso, M. & Burbano, V. (2020). Correlación entre actividad física y autoestima de es-colares adolescentes: un análisis de tipo trasversal. Revista Virtual Universidad Católica del Nor-te, 60, 130-158. https://www.doi.org/10.35575/rvucn.n60a6.
López, M., Villena, A. & Hernández, J. G. (2021). Qué me ocurre cuando me influyen los demás? Impacto en las características psicológicas de jóvenes jugadores de balonmano. Summa Psicológica UST, 18(1), 31-39.
Marôco, J. (2018). Análise Estatística com o SPSS Statistics (7.ª ed.). ReportNumber.
Moral-García, J., Román-Palmero, J., García, S., García-Cantó, E., Pérez-Soto, J. J., Rosa-Guillamón, A. & Urchaga-Litago, J. (2021). Autoestima y práctica deportiva en adolescentes. Revista Internacio-nal de Medicina y Ciencias de la Actividad Física y del Deporte, 21(81), 157-174.
Moran, S., Booker, H., Staines, J., & Williams, S. (2017). Rates and risk factors of injury in CrossFit: A pro-spective cohort study. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, 57(9), 1147–1153. https://doi.org/10.23736/S0022-4707.16.06827-4.
Olaru, F., Todiriţa, B., & Urichianu, S. (2018). Functional training vs. traditional training benefits for martial arts practitioners. Scientific Bulletin of Naval Academy, 11(1), 366-374. DOI:10.21279/1454-864X-18-I1-056.
Paraschiv, C. I. (2009). Optimizarea pregătirii fizice generale şi specifice a componenţilor grupei de intervenţie antiteroristă prin mijloacele educaţiei fizice şi sportului [Doctoral dissertation, UNEFS]. Bucharest.
Partridge, J., Knapp, B., & Massengale, B. (2014). An investigation of motivational variables in CrossFit facilities. Journal of Strength and Conditioning Research, 28(6), 1714-1721. https://doi.org/10.1519/jsc.0000000000000288.
Pereira, J., & Vasconcelos-Raposo, J. (1998). As Motivações e a Prática Desportiva. Análise descritiva, factorial e comparativa dos motivos e factores motivacionais parar a participação e a não parti-cipação desportiva de jovens do concelho de Baião. In A. Fonseca (Ed.), Estudos sobre Moti-vação (p. 78). Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Pinto, H. (2022). Associação entre a Satisfação/Frustração das Necessidades Psicológicas Básicas a Mo-tivação e o Envolvimento nos praticantes de CrossFit [Dissertação de Mestrado não publicada]. Faculdade de Educação Física e Desporto da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecno-logias de Lisboa.
Popp, D., Felipe, L., Polito, L., Foschini, D., Urtado, C., Otton, R., & Marin, D. (2018). Motives, motivation and exercise behavioral regulations in CrossFit and resistance training participants. Psychology, 09. https://doi.org/10.4236/psych.2018.914166.
Prikhodko, A. (2018). Modernization of higher education in Ukraine: perspective for physical educa-tion of students. International Journal of Education and Science, 1(4): 16. doi:10.26697/ijes. 2018.3-4.06.
Ramírez, C. (2021). Regulaciones motivacionales en diferentes ámbitos del deporte: revisión sistemáti-ca. Revista Académica Internacional de Educación Física, 1(4), 27-45. https://revista-acief.com/index.php/articulos /article/view/48.
Serpa, S., & Frias, J. (1992). Motivação para a prática desportiva: Validação preliminar do questionário de motivação para as actividades desportivas (QMAD). In F. Sobral, & A. Marques (Coords.), De-senvolvimento somato-motor e factores de excelência desportiva na população escolar portu-guesa (pp. 89-97). Ministério da Educação.
Sibley, B. (2016). The V in MVPA: Vigorous Physical Activity in Physical Education. Journal of Physical Education, Recreation & Dance, 87(9), 3-4. https://doi.org/10.1080/07303084.2016.1227196.
Sibley, B., & Bergman, S. (2018). What keeps athletes in the gym? Goals, psychological needs, and moti-vation of CrossFit™ participants. International Journal of Sport and Exercise Psychology, 16(5), 555-574. https://doi.org/10.1080/1612197x.2017. 1280835.
Smîdu, D. (2021). Optimizarea capacităţilor motrice şi psihice prin modernizarea conţinutului lecţiei de educaţie fizică din învăţământul militar [Doctoral dissertation, UNEFS]. Bucharest.
Suárez, C., & Jiménez, M. (2021). Rendimiento deportivo en atletas federados y su relación con autoes-tima, motivación e inteligencia emocional. Revista de Psicología Aplicada al Deporte y al Ejerci-cio Físico, 6(14), 1-13. https://doi.org/10.5093/rpadef2021a15.
Toledo, R., Dias, M., Toledo, R., Erotides, R., Pinto, D., Reis, V., Novaes, J., Vianna, J., & Heinrich, K. M. (2021). Comparison of physiological responses and training load between different CrossFit® workouts with equalized volume in men and women. Life, 11(6), 586. https://doi.org/10.3390/life11060586.
Vázquez, A. & López, M. (2019). Motivación extrínseca e intrínseca y satisfacción con la vida en depor-tistas universitarios. Enseñanza e Investigación en Psicología (ed. especial), 92-99. https://revistacneipne.org/index.php /cneip/article/view/44/43.
Villarreal-Ángeles, M., Vela, B., Martínez, R., Sánchez, J. & Moncada-Jiménez, J. (2021). Comparación de constructos psicológicos en deportistas universitarios durante una competición nacional. Retos, 42, 618-626. DOI:10.47197/retos.v42i0.89282.
Wilke, J., Kaiser, S., Niederer, D., Kalo, K., Engeroff, T., Morath, C., Vogt, L., & Banzer, W. (2019). Effects of high-intensity functional circuit training on motor function and sport motivation in healthy, in-active adults. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 29(1), 144-153. https://doi.org/10.1111/sms.13313.
Yang, Y. (2019). An overview of current physical activity recommendations in primary care. Korean Journal of Family Medicine, 40(3), 135–142. https://doi.org/10.4082/kjfm. 19.0038.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Rafael David, António Manuel Azevedo, Paulo Eira

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess