Arbitragem desportiva no Equador: mecanismo de equidade ou instrumento de poder na justiça desportiva?
DOI:
https://doi.org/10.47197/retos.v69.116337Palavras-chave:
Arbitragem, resolução de conflitos, justiça desportiva, transparência, confiançaResumo
Introdução: No Equador, o funcionamento da arbitragem desportiva tem sido objeto de debate, particularmente em relação à imparcialidade, transparência e perceção de justiça.
Objectivo: Analisar criticamente o funcionamento da arbitragem desportiva no Equador, considerando o seu impacto na percepção de justiça entre as partes interessadas.
Metodologia: Foi aplicada uma abordagem de método misto com um desenho transversal não experimental. A fase quantitativa envolveu um inquérito a 180 participantes (árbitros, atletas e especialistas em direito desportivo). A fase qualitativa incluiu entrevistas a 9 informantes-chave e a análise de três casos emblemáticos de arbitragem.
Resultados: A arbitragem desportiva é reconhecida como um mecanismo necessário para a resolução de conflitos, mas a sua aplicação apresenta fragilidades. A transparência foi o factor mais influente na confiança institucional. As entrevistas revelaram perceções de pressão externa e desigualdade nos procedimentos. A análise dos casos mostrou diferenças na perceção de legitimidade entre os níveis nacional e internacional de arbitragem. Discussão: Os desafios estruturais continuam a limitar a legitimidade da arbitragem desportiva no Equador. A falta de capacitação jurídica e a percepção de interferência institucional afectam negativamente a confiança das partes interessadas.
Conclusões: Recomenda-se o reforço dos mecanismos nacionais de arbitragem, a implementação de programas básicos de educação jurídica para os intervenientes desportivos e o avanço para um sistema mais acessível e transparente. Pesquisas futuras podem explorar mudanças longitudinais ou comparações regionais para avaliar o impacto das reformas da arbitragem.
Referências
Albán, J. (2022). Sometimiento al arbitraje en los contratos de trabajo del fútbol profesional ecuato-riano. (Tesis de maestría, Universidad Andina Simón Bolívar). Repositorio Digital UASB.
American Psychological Association (2020). Publication manual of the American Psychological Asso-ciation (7th ed.). APA.
Arteaga, M. (2024). Resolución de conflictos de litigios futbolísticos en el Centro de Arbitraje y Media-ción de la Cámara de Comercio de Guayaquil, las comisiones de la Federación Ecuatoriana de Fútbol y su relación con las resoluciones de la FIFA. [Tesis de pregrado, Universidad del Azuay] https://dspace.uazuay.edu.ec/bitstream/datos/15065/1/20581.pdf
Barona, S. (2022). Cláusula de sumisión al Tribunal de Arbitraje Deportivo vía apelación en los Estatu-tos de la FIFA ¿Derecho adquirido para las federaciones miembro? Revista Ecuatoriana de Arbi-traje, 13, 151-164. https://doi.org/10.18272/rea.i13.3444
Bisquerra, R. (2009). Metodología de la investigación educativa. Editorial Síntesis.
Buitrago, M. (2024). Arbitraje Deportivo Internacional y Pasaporte Biológico del Deportista. Revista Aranzadi de derecho de deporte y entretenimiento, 84. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=9828834
Cabrera, I., y Carpio Flores, L. (2023). Vulneración del consentimiento por la vinculación obligatoria a tribunales arbitrales deportivos dentro del fútbol ecuatoriano. Revista Lex, 6(22), 253-268. https://doi.org/10.33996/revistalex.v6i22.159
Creswell, J. W., y Creswell, J. D. (2021). Research design: Qualitative, quantitative, and mixed methods approaches (5th ed.). SAGE Publications.
Field, A. (2020). Discovering statistics using IBM SPSS statistics (5th ed.). SAGE Publications.
Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., y Anderson, R. E. (2020). Multivariate data analysis (8th ed.). Cengage Learning.
Hernández, R., Fernández, C., y Baptista, P. (2014). Metodología de la investigación (7ª ed.). McGraw-Hill.
Jara, M. (2017). Tutela arbitral efectiva en Ecuador. Universidad Andina Simón Bolívar / Corporación de Estudios y Publicaciones.
Juliá, J. (2024). Arbitraje deportivo y defensa de la competenciaSentencia del Tribunal de Justicia de la Unión Europea de 21 de diciembre de 2023, asunto C-124/21P: Unión Internacional de Patinaje vs. Comisión. La Ley. Mediación y arbitraje, (18). https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=9432588
Kerlinger, F. N., y Lee, H. B. (2021). Foundations of behavioral research (5th ed.). Holt, Rinehart & Win-ston.
Merino-Prados, H., Molero, D., & Gavín-Chocano, Óscar . (2023). Inteligencia emocional, resiliencia y satisfacción vital en el arbitraje deportivo (Emotional intelligence, resilience, and life satisfac-tion in sport refereeing). Retos, 48, 749–760. https://doi.org/10.47197/retos.v48.97455
Redondo, J., y Belloni, A. (2021). Los Tribunales de Arbitraje deportivo en el Fútbol Español y su ade-cuación a la Circular 1010 de FIFA. Revista Aranzadi de derecho de deporte y entretenimiento, 71. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7920818
Rodas, A., Almeida, J., y Correa, S. (2020). El arbitraje en equidad y la constitucionalidad. USFQ Law Re-view, 7(1), 113-133. https://doi.org/10.18272/ulr.v7i1.1681
Romero, Y., y Rodríguez, J. (2024). El Arbitraje Internacional Deportivo. La Accion de Nulidad, el Reco-nocimiento y Ejecucion de los Laudos Arbitrales del CAS/TAS. Cuadernos Derecho Trasnacional, 16(1). https://heinonline.org/HOL/LandingPage?handle=hein.journals/cudetns16&div=67&id=&page=
Tabachnick, B., y Fidell, L. (2019). Using multivariate statistics (7th ed.). Pearson.
Tapia, G. (2024). El trabajo social desde la perspectiva de la actividad física y el deporte. Retos, 58, 568-575. https://doi.org/10.47197/retos.v58.107964
Vela, G. (2021). El fútbol profesional en Ecuador y la obligatoriedad de sometimiento al Tribunal Arbi-tral del Deporte. USFQ Law Review, 8(1), 285 – 310. https://doi.org/10.18272/ulr.v8i1.2196
Villafuerte, J., Pérez, L., & Delgado, V. (2019). Retos de la Educación Física, Deportes y Recreación en Ecuador: las competencias docentes (Challenges of Physical Education, Sports, and Recreation in Ecuador: the teaching competences). Retos, 36, 327–335. https://doi.org/10.47197/retos.v36i36.67062
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 José Alejandro Villalta León, Cindy Álvarez-Naranjo, María Caicedo-Bayas, María Gabriela Vicuña Arellano

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e assegurar a revista o direito de ser a primeira publicação da obra como licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite que outros para compartilhar o trabalho com o crédito de autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Os autores podem estabelecer acordos adicionais separados para a distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado na revista (por exemplo, a um repositório institucional, ou publicá-lo em um livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- É permitido e os autores são incentivados a divulgar o seu trabalho por via electrónica (por exemplo, em repositórios institucionais ou no seu próprio site), antes e durante o processo de envio, pois pode gerar alterações produtivas, bem como a uma intimação mais Cedo e mais do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre) (em Inglês).
Esta revista é a "política de acesso aberto" de Boai (1), apoiando os direitos dos usuários de "ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou link para os textos completos dos artigos". (1) http://legacy.earlham.edu/~peters/fos/boaifaq.htm#openaccess